O endométrio é um tecido que reveste a parte interna do útero. Quando esse tecido aparece fora do útero, ele provoca a condição conhecida como endometriose. Presente em 10 a 30% das mulheres antes dos 50 anos, a endometriose é uma doença mais comum do que se pensa e afeta principalmente a faixa etária dos 25 aos 40 anos.

Se a mulher apresentar grau leve de endometriose e não desejar ter filhos, não é necessário adotar medidas de tratamento drásticas. É possível controlar o problema apenas com exames periódicos (uma ou duas vezes ao ano) para certificar-se de que a doença não evolua, além de usar medicamentos para diminuir e controlar os sintomas de dor. Já para situações em que a endometriose se encontra avançada ou se a mulher pretende ter filhos, é necessário iniciar um tratamento mais rigoroso. Existem vários tipos de tratamento que podem ser realizados, confira alguns deles:

• Tratamento com Anticoncepcionais
  Com o uso de pílulas anticoncepcionais que contêm estrogênio e progesterona, é possível interromper o ciclo menstrual e criar um ambiente que pode ajudar a controlar a evolução da endometriose. O tratamento com anticoncepcionais pode tratar e diminuir a maioria dos sintomas da endometriose, além de reverter algumas mudanças físicas já ocorridas, porém é fundamental seguir corretamente as orientações do médico ginecologista para a administração do medicamento. Também é importante lembrar que os anticoncepcionais podem causar efeitos colaterais hormonais variados, como náuseas, dores nos seios, ganho de peso e outros.
• Tratamento com Outros Medicamentos
  Também é possível tratar a endometriose com comprimidos ou injeções de progesterona e com medicamentos que impedem a produção de estrogênio pelos ovários. Esses tratamentos podem causar alguns efeitos colaterais significativos, incluindo depressão, ganho de peso, menopausa, secura vaginal, alterações no humor e perda de densidade óssea devido à deficiência de cálcio, por esses motivos, o tratamento com esses medicamentos é geralmente limitado a seis meses, no entanto, se for necessário estender o tratamento, ele pode durar até um ano, desde que sejam prescritas doses de estrogênio e progesterona para minimizar o enfraquecimento dos ossos e outros efeitos colaterais.
• Tratamento com Cirurgias

  A laparoscopia é uma cirurgia minimamente invasiva que pode ser uma opção eficaz para tratar a endometriose, sendo frequentemente a escolha preferida quando a gravidade da doença exige intervenção cirúrgica.
  Uma das vantagens da laparoscopia é que, apesar de ser minimamente invasiva, ela permite realizar diversas intervenções, possibilitando a cauterização dos pontos de endometriose com eletrocautério ou laser, a aspiração dos cistos endometrióticos e a remoção de suas sobras, além disso, a laparoscopia possibilita a ressecação de porções intestinais envolvidas e, em casos mais graves, a remoção de um ou mais órgãos reprodutores, como útero, trompas e ovários.

Um ou mais destes sintomas podem aparecer caso a mulher esteja com endometriose:

• Cólica menstrual.
• Dores durante a relação sexual.
• Dores abdominais contínuas e não cíclicas.
• Ciclos menstruais irregulares.
• Dor no colo do útero ou no fundo de saco posterior durante o exame ginecológico.
• Dor pélvica com irradiação em direção ao ânus e “diarreia” durante a menstruação.