O câncer de ovário é um tumor ginecológico maligno raro que afeta os ovários, é difícil de diagnosticar e tem baixas chances de cura, a maioria dos casos é um carcinoma epitelial (câncer que se inicia nas células da superfície do órgão) ou um tumor das células germinativas (que dão origem aos ovócitos, o gameta feminino a ser fecundado pelo espermatozoide).
Os ovários são dois órgãos localizados ao lado do útero, com as trompas de Falópio conectando-os ao útero. O câncer de ovário mais comum é o que começa nas células epiteliais (80%), ou seja, nas células que revestem o órgão. Tumores no ovário são mais prevalentes em mulheres na menopausa, e o uso de anticoncepcionais diminui o risco de seu desenvolvimento.

O estadiamento clínico é a análise da extensão e gravidade dos tumores malignos, tanto o diagnóstico quanto o tratamento inicial do câncer de ovário são realizados principalmente por meio de cirurgia, feita através de uma incisão mediana vertical e deve ser realizada por um cirurgião especialista em oncologia ginecológica.
Após a cirurgia, o tratamento geralmente inclui quimioterapia, composta por 6 ciclos com intervalo de 21 dias entre cada ciclo, utilizando geralmente duas drogas: carboplatina e paclitaxel. Quando o câncer de ovário ainda está em fase inicial, o objetivo do procedimento cirúrgico é remover o útero, os ovários, as trompas de Falópio e o omento, além de coletar líquido abdominal, realizar biópsias do peritônio e remover os linfonodos da pelve e do retroperitônio (linfadenectomia).
Quando o câncer de ovário está em estágio avançado, o objetivo do procedimento cirúrgico é realizar a ressecação máxima da doença por meio de citorredução, de forma que, ao final da cirurgia, os implantes não sejam mais visíveis ou que o maior deles não exceda 1 cm, para alcançar esse objetivo, pode ser necessário até mesmo remover partes de outros órgãos, como o intestino, o baço e o peritônio.

O epitélio, a camada externa do ovário, é onde cerca de 85% dos casos de câncer de ovário se desenvolvem. No início, esse tipo de câncer não costuma gerar sintomas, além da falta de sintomas, outro fator que dificulta o diagnóstico precoce é que a incidência tumoral é relativamente baixa, tornando mais difícil identificar o problema através de ultrassonografia ou marcadores tumorais.

Quando o câncer de ovário está em estágio mais avançado e já em disseminação, ele costuma provocar:

• Sensação de plenitude abdominal.
• Mudança nos hábitos intestinais.
• Urina frequente.
• Emagrecimento.
• Aumento do abdômen.

Uma das medidas conhecidas para reduzir o risco de desenvolvimento do câncer de ovário é o uso de anticoncepcional oral por mais de 5 anos durante a vida.