Dúvidas Frequentes
Ginecologia
Normalmente ocorre por volta dos 11 anos, mas esperamos que possa ocorrer dos 10 aos 16, em média. Fora deste período, as alterações devem ser pesquisadas.
É considerado como ciclo o número de dias que vai de uma menstruação a outra. A média é 28 dias, mas é normal de 21 a 35 dias. O ciclo menstrual tem basicamente duas funções: uma é formar o óvulo preparando a mulher para gravidez, e a outra é produzir mensalmente os hormônios femininos. Então, se há alterações nele, a mulher poderá ter de transtornos de humor até mesmo a irregularidade menstrual, além de outras alterações.
A mãe que tem um canal aberto de comunicação com a sua filha deverá está presente na consulta para compartilhar dúvidas e experiências. Já a mãe que prefere que apenas o profissional a oriente, se manterá mais afastada neste momento.
Como o ciclo pode variar entre 21 a 35 dias, não é seguro se basear na matemática para a prevenção da gravidez. É mais fácil usar a tabelinha para se preparar para engravidar.
Normalmente uma vez ao ano ou sempre que surgirem dores pélvicas, secreções vaginais ou qualquer dúvida.
Investiga dores nos órgãos, mobilidade e aderências.
É o exame de prevenção contra o câncer de colo uterino. Busca investigar alterações celulares que uma contaminação que o HPV possa promover, o que pode ocasionar uma predisposição ao câncer.
A menopausa surge pela falência ovariana em produzir óvulos e hormônios femininos.
O uso de hormônio estrogênio tem sido associado com câncer de útero. Estudos tem mostrado que mulheres que tomaram grandes doses de estrogênio, para sintomas associados à menopausa, tem risco aumentado para desenvolvimento de câncer uterino, em comparação aquelas que não receberam a medicação. O aumento de risco, em relação a outros tipos de câncer, tem sido estudado, mas os resultados tem sido não muito esclarecedores. Diante da necessidade do uso de estrogênio, a dose deve ser baixa e, cuidadosamente, escolhida pelo seu médico. A associação do uso de pílulas anticoncepcionais e o risco de câncer também tem sido estudadas. Não existe nenhuma conclusão definitiva até a presente data. Há um risco discreto demonstrado apenas nos casos de câncer de colo de útero.
A cirurgia realizada por via minimamente invasiva (laparoscopia ou robótica) com a retirada de todos os focos da doença, é o tratamento mais eficaz para melhora dos sintomas e da infertilidade. Esse tipo de cirurgia deve ser realizada por médico com capacitação e treinamento específico. A cirurgia realizada por via minimamente invasiva (laparoscopia ou robótica) com a retirada de todos os focos da doença, é o tratamento mais eficaz para melhora dos sintomas e da infertilidade. Esse tipo de cirurgia deve ser realizado por médico com capacitação e treinamento específico.
Algumas teorias apontam as causas do aparecimento do endométrio fora do útero.
A mais aceita é a “menstruação retrógrada”, que ocorre quando o fluxo sanguíneo menstrual volta pelas tubas uterinas, caindo em cima dos órgãos pélvicos (ovários, peritônio pélvico, útero, trompas e intestino) Isso faria com que o endométrio se implantasse sobre esses órgãos.
Outras teorias que explicam o desenvolvimento da doença são falhas no sistema imunológico, ou ainda, admite a transformação de células, que assumem as características do endométrio, fora do útero.
Estudos com mulheres gêmeas demonstraram que dentre os fatores de risco para endometriose o caráter hereditário está presente em 51% dos casos. Vários genes podem estar alterados em mulheres com endometriose. Por isso a doença é considerada poligênica. A presença de casos de endometriose na família é um fator de risco para o desenvolvimento da doença.
A endometriose acomete mulheres que estão no período reprodutivo, ou seja, período que vai desde a primeira menstruação até a menopausa quando cessam as menstruações. Estudos mostram que em uma parcela grande de mulheres, os sintomas da doença iniciam ainda na adolescência. Portanto, a endometriose pode surgir logo após as primeiras menstruações. Porém é muito mais frequente depois dos 30 anos de idade.
Os principais sintomas da endometriose são
• Cólica menstrual (presente em 90-95% dos casos)
• Dor profunda na vagina ou na pelve durante relação sexual
• Dor pélvica contínua não relacionada a menstruação
• Obstipação intestinal ou diarreia no período menstrual
• Dor para evacuar
• Sangramento nas fezes
• Dor para urinar
• Sangramento na urina
• Infertilidade
A cólica menstrual ou dismenorréia é um sintoma comum a várias outras doenças ginecológicas além da endometriose. Ela pode estar presente nos casos de miomas uterinos, adenomiose, pólipos endometriais, malformações útero-vaginais, entre outras
Algumas mulheres podem apresentar cólicas menstruais no início das menstruações sem que seja diagnosticada nenhuma doença especifica que leve a este sintoma. Neste caso temos o diagnóstico de dismenorréia primária.
Alguns estudos mostraram que cerca de 5% a 16% das mulheres férteis e assintomáticas podem apresentar lesões de endometriose pélvica. Nestes casos, as lesões geralmente são pequenas e superficiais, classificadas como endometriose mínima ou leve.
A pelve feminina é o local mais frequente de desenvolvimento da endometriose. Os órgãos mais acometidos são os ovários, trompas, ligamentos útero-sacros, peritônio e útero. O intestino, em especial intestino grosso (reto e sigmóide) é o órgão não reprodutivo mais afetado pela doença. A bexiga e os ureteres também podem apresentar lesões de endometriose. Em casos mais raros as lesões podem se apresentar no diafragma, pulmão e em outros locais do corpo.
A associação de endometriose e infertilidade já é observada há muitos anos. Estudos prévios demonstraram que as mulheres com endometriose têm uma taxa de fecundidade (chance de engravidar por mês de exposição) bem menor que mulheres sem endometriose. Sabemos que cerca de 50% das mulheres com a doença tem infertilidade e que cerca de 40% das mulheres com infertilidade tem endometriose.
A endometriose pode levar a infertilidade por vários mecanismos diferentes:
• Distorção anatômica – obstrução das trompas, aderências que impedem o transporte do óvulo até o encontro com os espermatozóides no interior da tuba uterina.
• Produção de substâncias e células inflamatórias que interferem com a interação óvulo-espermatozóide.
• Desordens ovulatórias – provocadas pelas substâncias inflamatórias e modificações nos folículos ovarianos.
• Dificuldade de implantação embrionária
Cerca de 50% das mulheres com endometriose podem engravidar espontaneamente sem tratamento. Grande parte das pacientes com infertilidade pela endometriose podem engravidar após tratamento adequado. O tratamento clinico habitualmente usado nos casos de endometriose com hormônios e anticoncepcionais não estão indicados para tratamento da infertilidade. A cirurgia por videolaparoscopia com retirada das lesões de endometriose e das aderências pode aumentar as chances de gestação espontânea em mulheres com endometriose em todos os estágios. Em outros casos pode ser necessário a realização de tratamentos com técnicas de reprodução assistida como a inseminação intrauterina ou a fertilização in vitro (bebê de proveta).
Mulheres com sintomas sugestivos de endometriose como cólica menstrual forte, dor na relação sexual, infertilidade, dor ao defecar ou ao urinar e sangramento na urina ou nas fezes devem suspeitar da doença. Caso você tenha estes sintomas, o primeiro passo é consultar um médico ginecologista, que vai avaliar a possibilidade da presença de endometriose, com história clínica e exame físico e solicitar os exames necessários para complementar o diagnóstico. Se a suspeita clinica ou os exames mostrarem lesões sugestivas de endometriose o diagnóstico é bastante provável. A confirmação da doença é feita com a videolaparoscopia com visualização das lesões e com a biópsia mostrando endometriose nas lesões retiradas.
O diagnóstico da endometriose é feito através da presença dos sintomas da doença, de achados no exame físico (principalmente no toque vaginal) e da presença de lesões suspeitas nos exames de imagem. Os principais exames complementares utilizados são a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal realizada por médico especialista e a ressonância magnética.
Apesar de poder atingir vários órgãos distintos e se disseminar localmente ou à distância a endometriose é uma doença benigna. Até o momento nenhum estudo conseguiu mostrar uma relação importante entre a endometriose e o câncer ou uma evolução da endometriose para uma doença maligna.
O endometrioma é o nome que se dá à lesão de endometriose profunda em forma de cistos nos ovários. Os endometriomas são cistos preenchidos por sangue escuro envelhecido e por tecido endometrial. Eles podem acometer um ou ambos os ovários ao mesmo tempo. O tamanho dos endometriomas pode variar de lesões pequenas (1-3cm) até lesões grandes (acima de 6-7cm). A presença de endometriomas grandes é uma indicação importante de tratamento cirúrgico.
Endometriose profunda é definida pela presença de lesões de endometriose com mais de 5mm (0,5cm) de profundidade. Em geral, estas lesões aparecem na forma de nódulos e podem acometer qualquer órgão da pelve, em especial os ligamentos útero-sacros, vagina, intestino e bexiga.
Existem várias classificações propostas para a endometriose. O local e tamanho das lesões e das aderências são os fatores considerados pelas classificações atuais. Na prática são utilizadas hoje duas formas de classificação. A primeira classifica a doença em: endometriose superficial (peritoneal), endometriose profunda infiltrativa, endometriose ovariana e endometriose extra pélvica. A segunda forma de classificação que é a mais utilizada em todo o mundo divide a doença em : endometriose mínima (grau I), endometriose leve (grau II), endometriose moderada (grau III) e endometriose severa (grau IV).
Estudos recentes mostraram que cirurgias com retirada minuciosa de todas as lesões visíveis pode curar a endometriose. Porém em alguns casos a doença pode voltar.
Os medicamentos utilizados no tratamento da endometriose não são capazes de promover a cura ou a extinção das lesões. O tratamento medicamentoso tem como objetivo principal a melhora dos sintomas clínicos da doença e eventualmente o retardo na evolução das lesões. As terapêuticas mais prescritas são hormônios que tem a capacidade de inibir a produção de estrogênio pelos ovários e com isso diminuir o estimulo ao crescimento do tecido endometrial dentro e fora do útero (endometriose). Os anticoncepcionais orais ou injetáveis, de uso cíclico ou contínuo com suspensão ou não da menstruação, medicamentos só com progesterona e os análogos do GnRH são os mais utilizados.
A cirurgia, preferencialmente por videolaparoscopia é a principal forma de tratamento da endometriose. A retirada das lesões e a das aderências permitem uma melhora da qualidade de vida com diminuição ou extinção da dor e retorno à fertilidade em grande parte das mulheres com a doença. Entretanto, em algumas situações a cirurgia não está indicada. O principal motivo para indicação da cirurgia é a presença de sintomas de dor e a infertilidade. Mulheres pouco sintomáticas, podem se beneficiar do tratamento clínico ao invés da cirurgia.
A recorrência das lesões e dos sintomas da endometriose é rara quando a paciente foi bem operada. Porém pode ocorrer em 30 a 50% dos casos até dois anos após a cirurgia. Isso acontece mais frequentemente em casos de cirurgias incompletas onde não foram retiradas todas as lesões de endometriose.
A retirada do útero, apesar de eliminar a menstruação, não resolve a endometriose. As lesões continuam ou podem reaparecer mesmo sem a presença do útero. Os ovários continuam a produzir o estrogênio, hormônio que estimula a proliferação do tecido endometrial.
Após a menopausa os ovários já não produzem mais o estrogênio, com isso o endométrio ectópico (endometriose) não é mais estimulado e tende a não proliferar. A menstruação também desaparece após a menopausa. Por isso, os sintomas da doença podem diminuir ou desaparecer. Em muitos casos, após a menopausa não há mais necessidade de tratamento.
Durante o climatério e a menopausa, os ovários passam a diminuir a produção de (hormônios femininos) estrógeno e de progesterona, o que causa alterações no metabolismo e alguns sintomas muitas vezes desagradáveis. Denomina-se reposição hormonal a suplementação desses hormônios com o objetivo de corrigir tais sintomas.
Define-se como menopausa a data da última menstruação da mulher. Para considerarmos que uma mulher teve a sua menopausa esta deve estar pelo menos 1 ano sem menstruar. A maioria das mulheres tem a menopausa ao redor dos 50 anos.
Já o climatério é o período de transição entre a fase reprodutiva (menacme) e o período pós menopausa. O climatérico inicia-se por volta de 5 anos antes da menopausa, por tanto por volta dos 45 anos.
Os principais sintomas são:
- Ondas de calor (fogachos)
- Insônia
- Diminuição da libido
- Diminuição da capacidade de concentração
- Irregularidade menstrual
- Dor na relação sexual
- Pele Seca
- Queda de cabelo
- Ganho de peso
- Diminuição da disposição em geral
- Irritabilidade
Irregularidade menstrual (na maioria das pacientes a menstruação costuma falhar em alguns meses, porem algumas vezes pode ocorrer escapes menstruais no meio do ciclo ou ainda aumento do fluxo).
Não. Apesar de a maioria das mulheres apresentarem sintomas, muitas permanecem assintomáticas. Os sintomas costumam melhorar em cerca de 5 anos mesmo que a paciente não faça reposição hormonal.
Já o climatério é o período de transição entre a fase reprodutiva (menacme) e o período pós menopausa. O climatérico inicia-se por volta de 5 anos antes da menopausa, por tanto por volta dos 45 anos.
Os principais sintomas são:
- Ondas de calor (fogachos)
- Insônia
- Diminuição da libido
- Diminuição da capacidade de concentração
- Irregularidade menstrual
- Dor na relação sexual
- Pele Seca
- Queda de cabelo
- Ganho de peso
- Diminuição da disposição em geral
- Irritabilidade
Irregularidade menstrual (na maioria das pacientes a menstruação costuma falhar em alguns meses, porem algumas vezes pode ocorrer escapes menstruais no meio do ciclo ou ainda aumento do fluxo).
A reposição pode ser administrada para as pacientes nas formas de: comprimidos, adesivos, implantes ou gel trans- dérmico.
Em geral a reposição contém um ou mais dos seguintes hormônios (estrogênio, progestogênio ou androgênio). De acordo com o histórico de cada paciente será escolhido qual tipo de reposição adequada (hormônio, dose e via de administração).
Já o climatério é o período de transição entre a fase reprodutiva (menacme) e o período pós menopausa. O climatérico inicia-se por volta de 5 anos antes da menopausa, por tanto por volta dos 45 anos.
Os principais sintomas são:
- Ondas de calor (fogachos)
- Insônia
- Diminuição da libido
- Diminuição da capacidade de concentração
- Irregularidade menstrual
- Dor na relação sexual
- Pele Seca
- Queda de cabelo
- Ganho de peso
- Diminuição da disposição em geral
- Irritabilidade
Irregularidade menstrual (na maioria das pacientes a menstruação costuma falhar em alguns meses, porem algumas vezes pode ocorrer escapes menstruais no meio do ciclo ou ainda aumento do fluxo).
A principal indicação de reposição hormonal é o alivio dos sintomas climatéricos. Porem sabemos que além do alivio dos sintomas climatéricos a reposição hormonal pode trazer outros benefícios. Por isso mesmo algumas mulheres assintomáticas podem se beneficiar da reposição hormonal.
Em geral a reposição contém um ou mais dos seguintes hormônios (estrogênio, progestogênio ou androgênio). De acordo com o histórico de cada paciente será escolhido qual tipo de reposição adequada (hormônio, dose e via de administração).
Já o climatério é o período de transição entre a fase reprodutiva (menacme) e o período pós menopausa. O climatérico inicia-se por volta de 5 anos antes da menopausa, por tanto por volta dos 45 anos.
Os principais sintomas são:
- Ondas de calor (fogachos)
- Insônia
- Diminuição da libido
- Diminuição da capacidade de concentração
- Irregularidade menstrual
- Dor na relação sexual
- Pele Seca
- Queda de cabelo
- Ganho de peso
- Diminuição da disposição em geral
- Irritabilidade
Irregularidade menstrual (na maioria das pacientes a menstruação costuma falhar em alguns meses, porem algumas vezes pode ocorrer escapes menstruais no meio do ciclo ou ainda aumento do fluxo).
A reposição hormonal pode aumentar a chance de fenômenos trombo-embólicos e de surgimento de tumores hormônio dependentes, por isso em algumas condições clínicas o risco pode ser maior que o benefício. Nesses casos podemos usar alternativas não hormonais para alivio dos sintomas climatéricos:
Condições que geralmente contra indicam reposição hormonal : câncer de mama e de endométrio, porfiria, lúpus eritematoso sistêmico, histórico de infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral, trombose venosa profunda, distúrbios da coagulação sanguínea, anemia falciforme, hipertensão arterial, doenças cardíacas e vasculares, diabetes mellitus, epilepsia, cefaleia ou enxaqueca, tabagismo e sangramento genital de causa ainda não conhecida.
Em geral a reposição contém um ou mais dos seguintes hormônios (estrogênio, progestogênio ou androgênio). De acordo com o histórico de cada paciente será escolhido qual tipo de reposição adequada (hormônio, dose e via de administração).
Já o climatério é o período de transição entre a fase reprodutiva (menacme) e o período pós menopausa. O climatérico inicia-se por volta de 5 anos antes da menopausa, por tanto por volta dos 45 anos.
Os principais sintomas são:
- Ondas de calor (fogachos)
- Insônia
- Diminuição da libido
- Diminuição da capacidade de concentração
- Irregularidade menstrual
- Dor na relação sexual
- Pele Seca
- Queda de cabelo
- Ganho de peso
- Diminuição da disposição em geral
- Irritabilidade
Irregularidade menstrual (na maioria das pacientes a menstruação costuma falhar em alguns meses, porem algumas vezes pode ocorrer escapes menstruais no meio do ciclo ou ainda aumento do fluxo).
A mulher foi programada naturalmente para parar de produzir hormônios sexuais por volta dos 50 anos. Quando se faz reposição hormonal, aumentamos o tempo de exposição a esses hormônios pelo tempo que durar esta reposição. Os hormônios sexuais possuem muitas funções além da reprodução. A falta dos hormônios pode desencadear ou acelerar uma série de problemas de saúde que serão discutidos nos próximos parágrafos, e que a reposição hormonal pode prevenir.
Historicamente as mulheres sempre tiveram menos doenças cardiovasculares (AVC e Infarto, principalmente), antes dos 50 anos, do que os homens. Essa proteção sempre foi atribuída aos hormônios femininos. Depois dos 50 anos (menopausa) as mulheres e homens passam a ter incidência parecida destas doenças. Por esse motivo a reposição hormonal era prescrita indiscriminadamente para todas as mulheres pós menopausa. A ideia era prevenir doenças cardiovasculares. Porém após os resultados de um grande estudo americano (WHI Whomen’s Health Issue) que acompanhou milhares de mulheres que faziam reposição hormonal percebemos que essa prevenção não ocorria em todos os casos, e ao contrário, algumas mulheres apresentavam aumento do risco de doenças cardiovasculares com a reposição.
Atualmente sabemos que o estrogênio previne a formação das placas de ateroma (principal fator de risco para doenças cardiovasculares). Porem quando estas placas já estão presentes este hormônio pode torna-las instáveis e por isso aumentar o risco cardiovascular. Por isso antes de iniciarmos a reposição hormonal é necessária uma avaliação cuidadosa.
A reposição hormonal trará inúmeros benefícios, além da melhora dos sintomas climatéricos sendo os principais
– Melhora da massa óssea (prevenção de osteoporose)
– Diminuição na incidência de demência entre elas do Alzhimer
– Diminuição na incidência de câncer de intestino
– Melhora no perfil lipídico
Obstetrícia
É perfeitamente normal, pois o leite somente é produzido após o parto, quando os hormônios da gravidez produzidos pela placenta não existem mais. Durante o final da gravidez, pode haver uma secreção clara nos mamilos, que é chamada de colostro, que ainda não tem as propriedades do leite. A ejeção verdadeira de leite, chamada apojadura, só ocorre no terceiro dia pós-parto. Não se espante, então, se nos primeiros três dias só haver secreção de colostro. Após a apojadura, o leite adquire suas propriedades, sendo que o leite do início da mamada é mais líquido rico em proteínas, e o leite do final da mamada é mais grosso rico em gorduras.
Assim que você confirmar sua gravidez, poderá procurar o obstetra para iniciar o pré-natal. Quanto mais cedo, melhor, pois a datação certa da gravidez depende de se realizar um ultra-som precoce. A idade gestacional calculada de forma adequada evita que se realizem partos antes do tempo e que seu bebê nasça prematuro. Além disso, não se perde a oportunidade de se diagnosticar doenças que podem ser tratadas, como a toxoplasmose e a sífilis, e evitar a transmissão vertical (de mãe para filho) do vírus HIV.
Se você quiser não menstruar, existem pílulas especificas para isso (só com progesterona). Você também pode não menstruar por um tempo definido (geralmente por 3 meses) com o uso de pílulas comuns, com o risco de haver sangramentos de escape (“spotting”) durante o período. Em algumas doenças (como endometriose ou miomas), podemos dar anticoncepcionais de uso contínuo, com indicação médica. Se por acaso, sua menstruação com a pílula for ocorrer em um período de viagem, você pode emendar com outra cartela, sem pausa, para adiar a menstruação por mais um mês. De qualquer forma, converse sempre com seu médico para a melhor orientação.
Os abortos espontâneos são muito freqüentes. Estima-se que um terço de todas as mulheres que engravidam abortam. Não há como saber a causa, mas a mais frequente são problemas genéticos do embrião, que a natureza dá conta de eliminar para evitar fetos com malformações. Também não há o que fazer para evitá-los. Recomendamos repouso e abstinência sexual no sangramento onde o cólo do útero está fechado (chamamos isso de ameaça de aborto). Mesmo assim a chance de aborto é de 50%. Se você não apresenta nenhuma doença, você pode engravidar assim que as menstruações retornarem. Os abortos não tendem a se repetir ou a causar problemas nas próximas gravidezes. Você não necessita de dietas ou outros cuidados. Deverá menstruar por uma ou duas semanas depois do aborto e isso é normal. Converse com seu médico para esclarecer mais suas dúvidas. Procure investigação quando os abortos se repetirem, pois 3 ou mais abortos provavelmente escondem algum problema materno que necessita de tratamento.
O cordão umbilical leva sangue da placenta para o bebê, e tem comprimento variável. Como o bebê se movimenta muito dentro do útero, o cordão frequentemente se enrola pelo menos uma vez no pescoço do bebê, o que chamamos de circular de cordão. Isso é muito comum, e não causa nenhum problema. Algumas vezes, quando o cordão é curto demais, e o laço fica apertado, o sangue não consegue ser levado para o bebê na hora do parto, provocando seu sofrimento. Infelizmente não podemos prever se há circulares antes do parto, e se haverá complicações ou não. Quando o ultra-som visualiza uma circular, NÃO QUER DIZER QUE SEU PARTO TEM QUE SER CESÁREA. A maioria dos bebês que nascem de parto normal tem circulares e não acontece nada com eles. O único meio de evitar sofrimento para o bebê é fazer monitoragem dos batimentos do coração dele durante o parto e realizar uma cesárea só se houver algum sinal de gravidade.
A secreção vaginal normal é fluída, em pequena quantidade, com aspecto de clara de ovo, sem odor e sem coceira. Na gravidez, essa secreção aumenta devido aos hormônios e pode causar uma sensação de umidade constante. Todos os corrimentos com características diferentes dessas não são normais e devem ser avaliados pelo ginecologista para o adequado tratamento. Os corrimentos infecciosos podem causar contrações do útero (sensação de cólicas), rotura prematura da bolsa de águas e trabalho de parto prematuro, e por isso devem ser tratados. Converse com seu obstetra.
No início da gravidez, é comum ocorrer sangramentos em pequena quantidade, às vezes de cor escura, devido à acomodação do bebê no útero. Se o sangramento persistir ou se for em maior quantidade, pode ser uma ameaça de aborto. Informe seu obstetra, que pedirá um ultra-som para avaliar se está tudo bem. Sangramentos mais tardios, maiores ou menores, entretanto, não são normais. Informe sempre seu médico.
As relações sexuais podem continuar sem problemas durante a gravidez, exceto por contra-indicação médica, em caso de tendência a parto prematuro, ameaça de abortamento, rotura prematura das bolsas e sangramentos não explicados. Com o passar da gravidez, algumas posições ficarão mais complicadas devido à barriga, devendo o casal de adaptar em posições mais confortáveis para a mulher. O bebê não deve ser preocupação pois está bem protegido pelo cólo do útero e a bolsa das águas. Enquanto o casal quiser e não houver dor ou sangramento, podem continuar a ter relações normalmente até o parto. Qualquer problema, o médico deve ser comunicado.
Não é recomendado viajar de avião no período muito próximo do parto e nem logo após. Evite viajar também se você tiver tendência ao parto prematuro ou a tromboses. Fora isso, procure somente não fazer viagens muito longas, levantar de vez em quando no avião para se movimentar, usar meia elástica durante a viagem e fazer refeições freqüentes e leves. Antes de fazer uma viagem, informe sempre seu médico.
Recomenda-se não usar tonalizantes nem tinturas na gravidez, principalmente nos primeiros três meses, quando o bebê está se formando. Esses produtos contêm substâncias quimicas que são absorvidas e passam para o bebê. Os únicos permitidos são as tinturas de henna e os descolorantes, e o restante evite enquanto tiver gravida.
Quando grávida, a mulher pode apresentar enjôos e vômitos, dor de estômago, mal estar, tonturas, fraqueza, pressão baixa, inchaços, aumento da secreção vaginal, sensação de barriga inchada, vontade de urinar mais vezes, mais sede, mais vontade de comer, salivação excessiva, dor nas mamas, e cólicas. Eles se iniciam junto com o atraso menstrual ou alguns dias antes. Lembre-se que nenhum sintoma isolado é diagnóstico de gravidez e sempre é necessária uma confirmação com um teste de urina ou de sangue. Na suspeita de gravidez, consulte seu ginecologista.
O período fértil é difícil de se determinar, porque raramente a ovulação acontece no mesmo dia, podendo variar a cada mês. O que se sabe é que se ovula no 14o dia do ciclo, contando-se a partir do primeiro dia da menstruação. O período fértil vai de 5 dias antes a 5 dias depois da ovulação. Entretanto, pode haver ovulação fora desse período, e você corre o risco de engravidar. Por isso é que a tabelinha não é um bom método anticoncepcional. Converse com seu ginecologista para lhe indicar um método mais confiável. Se você está querendo engravidar, procure ter relações mais freqüentes nestes dias.
Oncologia Ginecológica
Por ordem, os cânceres mais frequentes são colo do útero, corpo do útero (endométrio) e ovários.
Sim. As mulheres com casos de câncer de ovário e endométrio na família (mãe, tia, avó, irmãs e filhas) devem estar atentas e procurar orientação médica.
A partir dos 18 anos ou quando iniciar a vida sexual.
Normalmente ocorre por volta dos 11 anos, mas esperamos que possa ocorrer dos 10 aos 16, em média. Fora deste período, as alterações devem ser pesquisadas
O uso de hormônio estrogênio tem sido associado com câncer de útero. Estudos tem mostrado que mulheres que tomaram grandes doses de estrogênio, para sintomas associados à menopausa, tem risco aumentado para desenvolvimento de câncer uterino, em comparação aquelas que não receberam a medicação. O aumento de risco, em relação a outros tipos de câncer, tem sido estudado, mas os resultados tem sido não muito esclarecedores. Diante da necessidade do uso de estrogênio, a dose deve ser baixa e, cuidadosamente, escolhida pelo seu médico. A associação do uso de pílulas anticoncepcionais e o risco de câncer também tem sido estudadas. Não existe nenhuma conclusão definitiva até a presente data. Há um risco discreto demonstrado apenas nos casos de câncer de colo de útero.